quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Andralina ( nome fictício) Relato de acontecimento verídico.
(O CORDÃO)
Desde criança que foi criada com o possível amor e carinho dado pelos avós, era filha de mãe solteira, mas que a vida não lhe proporcionou levar com ela, foi crescendo com o apoio e carinho de um tio seu,pescava desde criança com os seus avós e tio, foi crescendo o seu azar como o de muitos outros é ter crescido, pois a sua humildade e seriedade eram inquestionáveis. Ambicionava casar e casou, aspiração comum a qualquer rapariga desse tempo. Continuou a desfrutar de total liberdade de se movimentar livremente em casa desse seu tio, conhecia os esconderijos onde as coisas mais importantes guardadas. Tiveram pressa em construir a sua própria habitação, tão rapidamente que um dia decidiu-se por furtar um cordão em ouro pertença da esposa desse seu tio, mas que a amava como família directa. Nunca desconfiaram que ela fosse a autora desta triste história, os lesados, recorreram a pessoas que gostavam de adivinhar, a curandeiros e bruxos, tudo isto trouxe despesas acrescidas em tempo de fome.. Disse a Ti Maria Pinta ( a Serralheira) que tinha a certeza que o ouro não tinha atravessado água(o rio) e que quem roubou não era de longe. Nunca soube se ela acertou ou se tinha conhecimento de quem furtou. Começaram os boatos que o meu Pai o teria vendido para andar na Putaria e beber copos. A um desses que lhe disse de cara a cara e que não era verdade e só não o matou porque a caçadeira de carregar pela boca encravou, não bastava a perda já que o cordão era herança da Visavô da Elisa da Presa.

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