terça-feira, 12 de agosto de 2008

HISTÓRIA ÀGUA DA FONTE DE CANCELOS E A ÁGUA LIXIVENTA

História da água da fonte.
Ricas histórias vividas neste Lugar de Cancelos e muito em especial no recanto do tapado Coelho, totalmente ignorado por grande parte da população da Freguesia e muito em especial pelos responsáveis camarários que nunca se dignaram cá virem visitar. Mas como costuma dizer-se: os actos ficam sempre com quem os pratica, resta-me dar notícia do caso.
Foi durante séculos a presa de cima do tapado do Coelho, que nós os três proprietários dos terrenos envolventes temos direito a utitilizar a agua que aí nasce em partes (compartes) iguais. Como era-mos obrigados a dar passagem a quem lá tivesse sem tempos de ir buscar água.
Dispõe Cancelos há mais de setenta anos de uma fonte com mina e um tanque depósito esse que foi feito pelo falecido Abílio Jigueiro que lá trabalhou como moço do falecido homem da Ti Teresa Costureira.
Antes dessa, existia um fonte por baixo da que existente actualmente que normalmente secava nos fins de cada verão e ficava submersa no Inverno quando o caudal do rio subia um pouco mais. Nessas ocasiões o povo de Cancelos apenas tinha água da presa de cima do citado Tapado. Este tapado localizado no terreno que o Guerra herdou, existem quatro presas sendo que uma, a debaixo é a meias comigo.
Mas desta fonte tambem existem histórias pitorescas, que se agora dão para rir no acto em que tais actos forma executados as coisas poderiam ter tido repercusões graves.
A actual fonte, nos períodos de verão deitava muito pouco água e, por tal motivo, os canecos eram mais que muitos na bicha. Quando nós miúdos lá passava-mos não nos davam água e,se o fizessem andava-mos sempre a beber de guluzisse. Num desses dias vinha eu queimado de sede, pedi para me deixarem beber mas não abriram excepções. Quando cheguei à Barreira velha vi o Tono Pombas com uma garrafa branca cheia, perguntei-lhe se era áua e se me dava uma pinga; disse-me que sim e deu-me a garrafa, meti-a à boca e bebi uma grande esatarraçada enquanto ele todo contente, a rir-se, só que, quando tirei a garrafa não conseguia nem vomitar nem tão pouco aspirar, ele continuava a rir-se cada vez mais enquanto eu lutava cada vez com maior dificuldade. Passei um largo tempo de enorme martirio e ele quanto mais aumentava a minha dificuldade e mais se ria, pois o tratante o que me ti nha dado era Lixivia e o mais grave é que ele soube o que fez. Mas lá me safei e a coisa passou. Ainda hoje ele se diverte com isso enquanto eu continuo a não achar muita piada por me recordar da aflição que passei. Mesmo assim e apesar da atitude deselegante do Pombas, obrigado pela bebida.

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