quinta-feira, 12 de agosto de 2010

ACorneta Ancestral = dos Fogos na Aldeia da Ermida

VIVER EM COMUNIDADE NA ALDEIA DA ERMIDA.
Um Exemplo que devia ser seguido.
Em Ermida, no Parque Peneda-Gerês, recorre a instrumento ancestral para avisar o povo dos Incêndios.
"Quando todo repicado, a população já sabe que é para nos juntarmos no cruzeiro e para ir combater o fogo."
Ana Rosa explica o método de alarme, contra incêndios na aldeia da Ermida, mesmo no meio do Parque Nacional da Peneda do Gerês (PNPG) com pouco mais de trinta habitantes.
Sempre que o fogo chega a ameaçar a Ermida Ana Rosa pega na velha corneta e começa a tocar. " Não sabe quantos anos tem a corneta, mas sabe que é centenária."
A tarefa cabia ao regedor da aldeia "antigamente, era o regedor que tinha a missão de tocar a corneta sempre que fosse preciso juntar a aldeia."
Hoje essa tarefa que se mantém cabe ao presidente da Junta.
Quando não está cabe à sua mulher, quando nenhum dos dois está é à vizinha mais próxima que cabe essa tarefa.
Após o toque repicado da corneta, a população dirige-se para o cruzeiro, localizado no Centro da Aldeia. Após decidida a estratégia, os habitantes da remota aldeia vão combater as chamas.
" Sabem que tem animais, terrenos de cultivo e brandas na serra.
É preciso proteger os nossos interesses, pois é difícil os bombeiros chegar aqui a tempo.
Os toques da corneta são vários e dependem das tarefas.
" Não é só para incêndios que tocamos a corneta".
Quando se estraga um muro, quando alguém precisa de ajuda, quando há animais em perigo, ou quando é preciso fazer reuniões com todos os habitantes da aldeia.
São várias as situações, ou seja, sempre que há tarefas ou decisões em comunidade a corneta toca.
Ana Rosa sorri, ao mesmo tempo ostenta o improvisado instrumento de alerta de Ermida.

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