A Igreja perante a Crise.
Portugal andou em alvoroço com a visita do papa Bento XVI.
Depois chegou o Mundial de Futebol.
" A bendita trindade Fátima futebol e fado", tão aclamada e acarinhada pelo fascismo, voltou para acalmar os espiritos mais irreverentes e revolucionários nestes tempos de crise.
A igreja necessita urgentemente de maquilhar as suas feridas.
Aos sucessivos escândalos religiosos colocam-se agora os crimes financeiros das bolsas e da banca, a derrocada do sistema capitalista e portanto é necessário um milagre.
Perante tal cenário a Igreja surge como muleta salvadora do sistema.
O Papa não veio a Portugal denunciar nada, pelo contrário, a mensagem foi a mesma que tem amarrado os povos aos seus jugos ancestrais.
A mensagem foi a de um Deus que prometerá fé, esperança e caridade... a concretizar talves, um dia no Paraiso.
A mensagem da Igreja actual é de anestesiar e sufocar voz da revolta.
As contradições e disfunções deste sistema predador serão compensadas pela caridade e pela mesiricórdia religiosas.
Chega a ser anacrónico que o mais alto dignitário da Igreja Católica, o " apóstolo da Paz", se tenha visto cercado de tanta luxúria e desperdício de segurança.
Qual a razão de tal medo extremo e de toda esta ostentação de riqueza contrariando o ideal católico de abnegação e despojamento.
Ratos apressam-se a afundar ainda mais navio
Há 12 anos
1 comentário:
Oh Valdemar, quem está no comando das sociedades sabe os terrenos que pisa e raramente se engana!
Mas atenção, quanto a nós, estar no comando não significa estar com a razão, mesmo que tenha do seu lado as tais maiorias, que só servem para o que servem e quando dizem AMÉN! Essas maiorias, que de cem em cem anos acordam e meias sonâmbulas ainda, sem o verdadeiro descernimento, que quase nunca chega, resolvem unir-se, só porque um snr. bispo lhes quer retirar o padre, com quem têm grandes afinidades, mas de pouco importa, se o "manda-chuva" não estiver para aí virado...
Claro, que a televisão até mostrou e "foi muito chato" divulgar a união daquela gente disposta a ir apresentar queixa ao papa de Roma, Ratzinger de seu nome e que preferiu segurar o mando, em vez de ir gozar à grande e à francesa os ùltimos dias numa Baviera já totalmente remodelada e sem a presença do homem que tanto o enfeitiçou na sua juventude e que dava pelo nome de Hitler... Uma Baviera, para a qual sempre seguia, assim que via uma brecha para se esgueirar, já enquanto cardeal!
Entretanto, como resolveu agarrar o cadeirão do poder e não se pode ter tudo, lá terá que se aguentar, mas que descansem os fiéis da santa terrinha do Minho verdejante, que quem manda ali não são eles, que a igreja tem dono e se contam que de Roma lhe virá auxílio, que esperem sentados à espera de mais um milagre que também já se sentou e à espera de melhores dias, sabe-se lá!...
Isto de religiões é coisa complicada, podem crer, porque são os únicos que prometem o céu e se fores para o inferno a culpa é toda tua! Afinal é simples, os humanos é que complicam!
PIKÓ
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